quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Moçambique visto pelos sul africanos

            Nós, da equipe do blog, conseguimos fazer uma entrevista com um sul africano jovem, interessados na seguinte questão: qual o olhar de alguém nascido e crescido na África sobre Moçambique?
            A resposta para esta questão foi: "Moçambique é um destino muito comum para os sul africanos. Posso dizer que todos os meu amigos já viajaram para lá e eu também viajarei no final deste ano. A areia branca, a praia limpa e o mar azul chamam a nossa atenção para conhecer este lugar. Se você gosta de aventura pode arriscar fazer atividades de mergulho, se é mais calmo pode fazer atividades de pesca. Além disso, é um lugar barato para se viajar e consumir, o que atrai muita gente. Não temos rivalidade com eles, simplesmente gostamos muito e os vemos como um ótimo lugar para conhecer. Para ser honesto, eu não conheço muito sua cultura ou suas grandes questões."
            A intenção do blog foi mostrar como o país é visto para as pessoas do mesmo continente. Pode-se dizer que o entrevistado sabe tanto quanto nós sabemos dos países que temos na América do Sul, mas alega que é um lugar maravilhoso e que está crescendo cada vez mais atraindo turistas de todo o mundo. 

          

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

Programa sobre a Ilha do Ibo

           Para os interessados em conhecer mais a fundo Moçambique e a realidade de seu dia a dia, o canal Multishow apresenta um programa chamado "Volta ao Mundo" onde seu nono episódio é neste país. Ele mostra dança típica, história, cultura e diversas outras curiosidades.
           Na verdade, uma das coisas mostradas me chamou a atenção. As mulheres têm como símbolo de beleza uma máscara feita através de mussiro que é uma pasta branca feita através da extração de um pó de raizes e galhos. No programa é possível ver como o processo é feito. As mulheres ralam as raizes e os galhos em uma pedra áspera e reservam o pó que é extraído para formar uma pasta e passá-la no rosto. O contraste da pele negra com o sulco branco chama a atenção. Desenhos e artes são feitas nas faces das mulheres.O objetivo é além da arte visual, elas buscam uma pele mais macia. Apesar de hoje todas utilizarem esse recurso, antigamente, essa máscara era usada apenas por virgens e mulheres cujos maridos se ausentavam.

     
                       Esta é uma imagem de uma mulher utilizando a máscara feita de mussiro.

             Aconselho a vocês acompanharem o programa "Volta ao mundo" na esperança de assistirem o episódio que retrata Moçambique. Segue o link de uma parte do programa, onde se mostra um pouco da história e de uma dança típica da Ilha do Ibo.
Episódio 9 - Volta ao mundo - Moçambique

domingo, 16 de dezembro de 2012

Homossexuais moçambicanos


Começarei este post com uma frase de uma a representante da Lambda (órgão africano que luta pela visibilidade e os direitos dos gays): “A África é o pior lugar para ser gay no mundo.”
            Achei necessário fazer um post sobre a situação dos homossexuais em Moçambique após o ter conhecimento que é comum ver homens heterossexuais de mãos dadas no país. Podemos perceber que isso não faz com que o lugar seja tolerante com gays, lésbicas, bissexuais ou transexuais.
            Ser um gay moçambicano é motivo para ser punido. A pena varia de apenas uma multa a três anos de detenção. A união civil não é permitida e não há proteção de fato contra a discriminação. Podemos perceber como a sociedade é conservadora e para se protegerem muitos gays não se assumem para todos. Não há lugares destinados para este público.
            O vírus HIV mata muitas pessoas com essa opção sexual, pois estas que já não se sentem protegidas o suficiente para se afirmarem gays, não querem se assumir com essa doença, seria um preconceito em dobro. Além disso, falta informação sobre como se prevenir, como a utilização de camisinha.
Um movimento importante ocorreu em junho deste ano, em Maputo, capital de Moçambique. Apoiados pela Lambda, eles tentaram mobilizar as pessoas sobre a expressão homossexual. É interessante e alarmante destacar que até as pessoas pertencentes à associação Lambda preferem não se identificarem e também não permitem fotos. Esperamos que haja reconhecimento dos LGBT em todo mundo, inclusive no Brasil, onde o preconceito é mascarado.

Moçambique e as drogas

Nos últimos tempos, Moçambique virou um "corredor da droga", segundo o diretor do Gabinete Central de Prevenção e Combate a Droga (GCPCD), pois diariamente as drogas são traficadas e consumidas abertamente.
O diretor da GCPCD afirma que o país não está preparado para um combate eficaz, pois para isto é necessário muito dinheiro e também organização. 
Por isso, o Ministério da Saúde afirma que ainda não foi criado nenhum tipo de serviço para reabilitar as pessoas toxicodependentes pelo mesmo motivo.
Assim, na província de Zambézia, foi criada uma campanha com o lema: "Não deixe a droga controlar a sua vida, a tua família e a sua comunidade", para que assim, se pudesse reduzir o consumo e o tráfico de entorpecentes nesta localidade.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Um pouco mais sobre Mia Couto...



     Filho de portugueses, Mia nasceu e foi criado no interior de Moçambique. Ainda jovem apresentou interesse pela poesia. Mudou-se para a capital, Maputo, aonde chegou a cursar medicina. Não seguiu a carreira de médico devido ao amor pelas palavras. Foi jornalista e atualmente é um grande nome não só da literatura moçambicana, mas como de toda comunidade lusófona. Um autor plural, podemos encontrar dentre a suas obras Romances, Poesias, Contos e Crônicas. Traduzido para mais de 23 idiomas e vencedor de seis prêmios internacionais de literatura, Mia Couto é, sem dúvidas um exportador da cultura moçambicana. Abaixo, um poema de Mia intitulado Quissico, uma pequena vila em Moçambique.


Quissico

1. Deixei o sol
na praia de Quissico
De bruços
sobre o Verão
eu deixei o Sol
na extensão do tempo
Molhando, quase líquido,
o dia afundava
nas fundas águas do Índico
A terra
se via estar nua
lembrando, distante,
seu parto de carne e lua

2. Não o pássaro: era o céu
que voava
O ombro da terra
amparava o dia
A luz
tombava ferida
pingando
como um pulso suicida
um minhas ocultas asas
o outro faço amanha sobre a guerra civil lá.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Já pensou em uma refeição dessas?


Enquanto no Brasil a presença de um rato gera desconforto e desespero nas pessoas, já que este é considerado um animal anti-higiênico, em Moçambique eles são criados para alimentação, libertação e até servem como fonte de renda. Alguns moradores possuem negócio de caça e venda de desses bichos, pois são fonte de proteína e nutrientes para os mais pobres que só podem ter acesso a esse tipo de carne.
Ainda há minas terrestres no país africano devido aos conflitos armados ocorridos. Para não causarem acidentes, elas estão assinaladas com caveiras e ossos cruzados. A maior curiosidade é que os ratos são treinados para desviarem dessas minas. Pois é, os mesmos ratos considerados inúteis e uma praga aqui, rendem dinheiro, refeição diária e até possuem mais inteligência do que muitos imaginam.
Apesar de tudo ainda existem problemas pela caça de ratos, pois para captura-los é preciso incendiar matas com o objetivo de assustá-los. Com isso, a natureza vai sendo destruída sem nenhum planejamento ou cuidado para recriá-la. Isso é um problema, mas com a pobreza, o alimento vêm em primeiro lugar. Para os mais curiosos, segue o vídeo abaixo sobre o treinamento dos ratos:



segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Musica Moçambicana

Kapa Dech ou conhecido tambem com K10 é um grupo musical moçambicano que surgiu em abril de 1996. Grupo referencia do panorama musical moçambicano, era inicialmente formado por 10 integrantes, hj em dia é constituído por oito músicos: Roberto Isaías (vocalista), António Almão Salomão Jango (vocalista), Jaime Joel Jaime(baixo), Rufus Maculube (teclado), Almeida Goca (tambores), Rogério Nhavane (percussão) e António Firmo (guitarra).

Com nítidas influências jamaicanas e sul-africanas, a música dos Kapa Dech combina ritmos tradicionais com jazz, funk e rock. As letras das músicas são intervencionistas, pois visam denunciar as duras realidades do país, como a miséria, a corrupção, a guerra, a instabilidade política, o que torna o grupo referencia para a de democratização democrática do povo moçambicano.


A consolidação rápida do grupo permitiu-lhe uma afirmação no mercado internacional. Em consequência de um concerto em Maputo, em 1997, que chamou a atenção da casa discográfica Lusáfrica, o grupo gravou o seu primeiro álbum, Katchume, em 1998. Seguiu-se Karimbo (2000, em parceria com o grupo Mabulu) e Tsuketani (2001). Recebeu alguns prémios, como o Prémio Harare, na categoria de Melhor Banda, no Festival de Música Crossroads, no Zimbabwe (1997), e o Prémio Ngoma, como Melhor Banda do Ano, em Moçambique (2000). O grupo foi ainda eleito Personalidade do Ano, na categoria de Cultura, pelo jornal líder em Moçambique. Realizou vários concertos e tournées, como as de 1998, na Suécia e na Noruega. Em 2004, a banda criou a Associação Kapa Dech, uma instituição sem fins lucrativos, que tem a finalidade de promover e difundir a imagem cultural e musical de Moçambique, de realizar workshops e seminários sobre música e de produzir espetáculos de impacto nacional.

Segue o Video do Grupo Kapa Decha. Agradecemos a atenção de vocês e aguardem novidades!!!


OBS: Nao conseguimos achar a letra da música, desculpas!